segunda-feira, 30 de março de 2009

Conferência Nacional de Comunicação

Senhoras e senhores;
Transcrevo abaixo texto de convocação para a Conferência Nacional de Comunicação que se realizará em dezembro deste ano aqui em Brasília. É um momento ímpar para discutirmos e melhorarmos a programação da tv brasileira que é pouco educativa e cultural.

Conferência Nacional de Comunicação: O que temos a haver com isso?
A presença de mulheres, negros, homoafetivos e portadores de necessidades especiais na mídia ainda é marcada por preconceito e por falta de espaço.Os trabalhadores dos movimentos sociais, populares e sindicais também sofrem a mesma discriminação. Quando há reivindicações salariais e mobilizações por melhorias, os trabalhadores aparecem como baderneiros.Servidores Públicos, professores, médicos, psicólogos, bancários e tantos outros que atendem a população do nosso Brasil enfrentam uma mídia comprometida com interesses políticos e econômicos.Quando o cidadão não aceita o conteúdo da televisão, não tem alternativa senão desligar e ficar desinformado. Trabalhadores de rádios, TV’s comunitárias, em luta por programas educativos que reflitam a realidade brasileira, são perseguidos presos e têm seu equipamento confiscado.A democratização da comunicação no Brasil sempre foi vista como uma utopia. Agora, porém, começa a surgir uma expectativa de mudança. Em dezembro deste ano será realizada a 1º Conferência Nacional de Comunicação, em Brasília, por força da mobilização de várias entidades junto ao governo. As etapas municipais e estaduais começam a ser organizadas.Neste momento histórico, convidamos todas as organizações da sociedade civil a colaborar na discussão sobre a mídia. Precisamos nos mobilizar para a conferência regional de comunicação. Temos que dar voz aos cidadãos, movimentos sociais, entidades e sindicatos. Vamos lutar para mudar a realidade e levar nossas propostas à Conferência Nacional de Comunicação.

Encontro de discussão sobre a Conferência Nacional de Comunicação:
Data: 30 de março de 2009 (segunda-feira)
Horário: às 19h.
Local: Auditório da CUT-DF SDS Ed. Venâncio V - 1º Subsolo
Comissão Distrital Pró-Conferência Nacional de Comunicação.Central Única dos Trabalhadores – CUT-DF
Para aqueles que não puderem ir na reunião mas que tem interesse em saber mais sobre a conferência o telefone da CUT aqui no DF é 3251 9374 - Fax 3251 9393

Abraços a todos;
Carlos Henrique.

terça-feira, 24 de março de 2009

Epidemia de Dengue: De quem é a culpa?

Nos últimos anos, temos acompanhado pelo noticiário as informações pertinentes à epidemias de dengue pelo Brasil a fora e em especial no Rio de Janeiro. Em vários estados da federação ainda não existe epidemia, no entanto, o número de registros de casos da doença aumentou consideravelmente. Doenças como a Febre Amarela, que se encontrava praticamente extinta, existente apenas na região amazônica, voltaram com força total. Diante de tudo isso, nos perguntamos: De quem é a culpa?Os meios de comunicação relatam o problema, mas não a causa. Em 1990, o presidente Collor sancionou a Lei 8.029, autorizando a “extinção e dissolução de entidades da administração Pública Federal”. Foi extinta a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam) e criou a FUNASA como fruto da fusão desta última com diversos outros órgãos.Em 1999, o Governo Federal (ainda nos tempos de FHC) elaborou a Política de Descentralização dos Serviços da FUNASA. Tal política consiste em passar aos Estados e municípios o trabalho de combate às endemias (Dengue, Febre Amarela etc...) onde as secretarias estaduais e municipais de saúde, respectivamente passaram a ser as responsáveis pela tarefa. Os servidores continuaram pertencendo à FUNASA mas passaram a ser geridos pelos governadores e prefeitos. Acontece que as Secretarias Estaduais de Saúde (SES) não estavam e não estão devidamente preparadas para a demanda pelo simples fato de que foram criadas para cuidar de hospitais, que, aliás, já se encontram caóticos. Os recursos são repassados pelo Ministério da Saúde a elas. No entanto, nem sempre são usados de forma integral no combate às endemias. Prova disso, é que na maioria dos estados os servidores trabalham sem as menores condições. Falta quase tudo. De luva passando a uniforme e até carros para transporte de pessoal. Muitos trabalhadores se intoxicam pelo manuseio do veneno de combate ao mosquito. Neste caso, há o afastamento do trabalhador e como não há concurso o contingente que já é deficiente se torna ainda menor. Isso sem falar nos baixos salários, no fato dos mesmos trabalharem expostos ao sol, frio, chuva, enfrentando cachorros e risco de assaltos. No que diz respeito ao material de trabalho, esses problemas não acontecem aqui no DF devido à mobilização que os servidores através do SINDSEP fizeram.Inclusive os trabalhadores conquistaram o Protetor Solar, sendo assim, não trabalham mais sob o sol estando livres de desenvolverem câncer de pele.No que diz respeito especificamente ao Rio de Janeiro, a situação historicamente sempre foi mais grave. Em 99, no Governo FHC, José Serra então Ministro da Saúde, demitiu, 5.792 Guardas de Endemias, os chamados Mata-Mosquitos. Tudo isso sem nenhuma justificativa minimamente plausível. Tanto que após alguns anos (2003) a justiça concedeu ganho de causa a estes trabalhadores e o seu emprego de volta. Na gestão Serra, foram gastos 81,3 milhões em propaganda e apenas três milhões em campanhas educativas de combate à dengue. Serra se foi como Ministro, mas na prefeitura do Rio, César Maia implementou a mesma política de destruição do Estado do PSDB/DEM. Hoje tal política é implementada por Eduardo Paes (PMDB).Mas e quanto ao Governo Lula? Há muito, as entidades sindicais, entre elas SINDSEP, CONDSEF E CUT, tem alertado o mesmo quanto à necessidade de reverter a Política de Descentralização de FHC/Serra e o governo finge que não ouve e ignora. A política é mantida porque os prefeitos e governadores de olho nas verbas destinadas aos estados e municípios pressionam o Governo Federal para manter a política de descentralização. Tudo isso para pagar a terceirização e contratar seus “cabos eleitorais” para trabalharem no combate à Dengue e à Febre Amarela nas prefeituras com o argumento de que o atual contingente não é suficiente. Assim conseguem manter o voto destas pessoas. Com isso o Governo Lula agrada os governadores e prefeitos da base aliada e cala a boca dos que pertencem à oposição, ou seja, agrada a “gregos e troianos”.Realmente há déficit de contingente. Mas tal problema é resolvido com a abertura de Concurso Público e não com terceirização, onde a mão de obra é barata mas o trabalhador não possui estabilidade e garantia de emprego. E todos nós sabemos quem são os donos dessas empresas terceirizadas. Grande parte deles está no Congresso e no Senado.Os servidores da FUNASA cedidos aos governos estaduais e municipais, se encontram sem pai e sem mãe. São verdadeiros órfãos sem ter a quem recorrer no tocante à resolução de diversos problemas administrativos.Recentemente a governo elaborou uma Minuta de criação da GACEN – Gratificação de Combate às Endemias. No entanto tal proposta contempla apenas Agentes de Saúde e Guardas de Endemias, exclui cerca de 5.000 (cinco mil) servidores em todo o país. No caso do DF, 70% da categoria que atua no combate ao mosquito está fora da proposta apresentada pelo órgão. A justificativa apresentada para tal é de que esse enorme contingente está desviado de função. Se existe desvio é por culpa do próprio governo onde quando era interessante ao mesmo permitiu o envio destes companheiros ao trabalho. Se eles estão lá, foi com o aval do Governo Federal. E mais, foram treinados e capacitados para desenvolver suas tarefas tanto quanto os demais. Portanto, como excluí-los? O governo tem isto sim, que valorizá-los. E para terminar, ainda temos a ausência total de um Plano de Carreira.E como se não bastasse tudo isso, agora o governo cria o PL (Projeto de Lei) 3.958 que retira atribuições da FUNASA e as repassa ao Ministério da Saúde. É a pá-de-cal no referido órgão, ou seja, a sua extinção.Justamente ela que é uma instituição com mais de 100 anos de vida (juntando o período de SUCAM). Um patrimônio do povo brasileiro.Tudo isto de que vos falo, representa uma política de destruição e privatização dos Serviços Públicos que como são públicos são nossos. É nessecessário valorizar e dar mais condições de trabalho para o Servidor Público, pois sem isso, é impossível termos um Serviço Público de qualidade. É necessário que haja mais investimentos e concurso público para o setor. Não é justo culpar o servidor com Desvio de Função fazendo-o pagar a conta o excluindo de uma proposta de gratificação. Não é justo colocar a culpa no Servidor Público culpando-o pela má qualidade dos serviços prestados à população. Se os nossos Serviços Públicos não são de qualidade, a culpa é do governo pois ele é o gestor do sistema. Da mesma forma, não é justo colocar a culpa na população sob a desculpa de que tampas de caixa d’água não foram tampadas ou que águas não foram retiradas de pneus. É preciso ir mais além. O problema é político e é necessário que a população saiba disso. Lamentavelmente, os meios de comunicação assim não o colocam e nem era de se esperar o contrário. Porque estão a serviço dos capitalistas de plantão que pregam a destruição do que é público para fazer valer a lógica do lucro fácil através da terceirização e privatização dos Serviços Públicos.
Carlos Henrique Bessa Ferreira, é servidor da FUNASA e diretor do SINDSEP-DF – Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal.

segunda-feira, 16 de março de 2009

SINDSEP retoma Projeto Sexta Cultural

O Sindsep-DF traz de volta o seu projeto Sexta Cultural – música de qualidade para alegrar o horário de almoço dos Servidores Federais. Toda sexta-feira, o sindicato apresenta uma atração diferente no Espaço do Servidor – Esplanada dos Ministérios (ao lado do Bloco "C" Ministério do Planejamento), sempre das 12h30 às 14h. Em 2005, ano em que o projeto foi pela primeira vez colocado em prática, as apresentações ocorriam no auditório do sindicato. Desta vez, a direção resolveu por colocá-lo mais próximo da categoria por ela representada. E para isso, nada melhor do que o local escolhido. É importante frisar que a atividade cultural não é aberta apenas aos servidores. Toda a comunidade pode e deve comparecer.
Abraços a todos;
Carlos Henrique.

Iron Maiden: tour Somewhere Back In Time

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O show em Brasília:

A "donzela de ferro" se apresenta pela primeira vez na cidade dia 20/03, até para os que não são fãs da banda, o evento é imperdível, histórico e pode incluir de vez a cidade no circuito de shows internacionais badalados.

Veja abaixo o serviço e mapa dos setores.

Serviço do show em Brasília:

Data: 20 de março de 2009
Horário: 21h
Abertura dos portões: 16h
Local: Estádio Mané Garrincha
Classificação Indicativa: 16 anos

Valor dos ingressos:**
Pista Premium: R$ 300,00*
Pista Normal: R$ 130,00*
Arquibancada Descoberta: R$ 80,00*
Arquibancada Superior: R$ 70,00*
Cadeira Coberta: R$ 150,00*
*Valores referentes à meia entrada.
**Abaixo, o mapa do estádio Mané Garrincha e seus setores.

Aonde comprar:
- Bilheterias do estádio Mané Garrincha, das 10h às 18h (somente em dinheiro).
- Call center: 4003 1527 - valor de ligação local (será cobrada taxa de entrega).
- Internet: www.livepass.com.br (acesse o site para verificar as opções de entrega).

Mapa do Estádio Mané Garrincha com os respectivos setores e valores:

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quarta-feira, 11 de março de 2009

Paulo Moura homenageia Dorival Caymmi no Clube do Choro


No repertório dos shows, Paulo Moura toca sucessos de Caymmi, como Marina
Paulo Moura e Dorival Caymmi nunca gravaram juntos. Entre idas e vindas, no entanto, suas trajetórias acabaram por se cruzar nos caminhos da música brasileira e o encontro inevitável entre a habilidade de um e a obra do outro ocorreu em 1992. No disco Paulo Moura e Ociladocê interpretam Caymmi – relançado em 2007 pela Biscoito Fino –, o saxofonista, clarinetista e maestro paulista entregou-se enfim ao som praieiro do compositor baiano. Quando faleceu no ano passado, Caymmi deixou, em sete décadas de carreira, um legado singular – pequeno em termos de quantidade (pouco mais de 100 canções), mas fundamental pela qualidade – mais do que digno de homenagens, como a que recebe agora do Clube do Choro com o projeto Dorival para sempre Caymmi. E quem abre a temporada de releituras instrumentais do mestre é exatamente o Paulo Moura Quarteto. Desta quarta (11/03) a sexta, sempre às 21h45, o grupo apresenta um repertório que traz o que há de mais afro-brasileiro na música de Caymmi. No show, sucessos como Marina, Doralice, Samba da Minha Terra e Noite de Temporal – esta numa “variação bem fantasiosa”, adianta Moura. O desafio, ele reconhece, é grande: “Não é tão fácil colocar instrumentalmente a música dele, que tem muito valor como letra, como canção”. Se no disco o sexteto Ociladocê acompanhou Moura, em Brasília ele se apresenta ao lado de conhecidos de longa data a quem não poupa elogios: Osmar Milito no piano, Sérgio Barroso no contrabaixo e o brasiliense Erivelton Silva na bateria. A relação com o choro, a que deu nuances afro-brasilieras com a percussão, começou na década de 1980 e lhe rendeu ao longo dos anos rápidas temporadas em Brasília. A cada visita, ele lembra, tenta fazer uma apresentação diferente e, desta vez, não tem dúvida de que o repertório de Caymmi, que tangencia gêneros diversos como a bossa nova, por si já garante o toque original. No currículo, Paulo guarda, além da atuação como solista da orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, participações em momentos "certos” da música nacional. Só para citar alguns exemplos: em 1962, aos 30 anos, estava nas noites de bossa nova no Carnegie Hall em Nova York; em 1969, com Maysa no Canecão, e, em 1988, na estreia de Marisa Monte. Em abril próximo, as paradas de Moura incluem Marrocos e Tunísia, onde apresenta músicas de Pixinguinha do CD gravado em 2000 com os Batutas e que lhe rendeu um Grammy Latino. O projeto em homenagem a Caymmi – que prevê 120 shows com 40 atrações entre intérpretes e renovadores de sua obra – continua na próxima semana com o quarteto do trombonista Raul de Souza.


Fonte: Correio Braziliense

Cacaso - Música e Poesia

Poeta e compositor de música popular, Cacaso (1944–1987) ganha série de shows em sua homenagem, com intérpretes de peso e repertório de parcerias suas com grandes nomes.

Programação completa:

Dias 5 e 6 - Shows com Rosa Emília, Paula Santoro, Cláudio Nucci, Sérgio Santos e banda. Convidados especiais: Joyce e Ulisses Tavares.

Dias 7 e 8 — Músicas de Cacaso em parceria com Edu Lobo, Nando Carneiro, Novelli e Olívia Byington. Convidados: Sueli Costa e Ulisses Tavares.

Dias 12 e 13 — Músicas de Cacaso em parceria com Djavan, Filó Machado, Nelson Ângelo, Sérgio Santos e Heitor Villa-Lobos. Convidados: Zé Renato e Geraldo Carneiro.

Dias 14 e 15 — Músicas de Cacaso em parceria com Cláudio Nucci, Zé Renato, Lourenço Baeta, Maurício Tapajós e Toninho Horta. Convidados: Nelson Ângelo e Chico Alvim.

Local: Centro Cultural Banco do Brasil - SCES, Tr. 2, Lt. 22 - Asa Sul - 3310-7087Preço inteira: R$ 15Preço meia: R$ 7,50De: 06/03/2009Até: 15/03/2009Informações: (61) 3310-7087

Fonte: Correio Braziliense

terça-feira, 10 de março de 2009

O Menino da Porteira


Em postagem anterior, prometi a análise do filme. Pois bem, vamos aos pontos. Menino da Porteira é uma refilmagem cuja gravação original ocorreu em 1977. A primeira versão tinha Sérgio Reis como protagonista. A estória se passa em 1954. Eram tempos de forte efervecência política. O país vivia uma quase ditadura com a Era Vargas e na década de 70 quando ocorreu a filmagem, víviamos os anos de chumbo com a Ditadura Militar e a questão política aparece muito forte com o filme abordando sobretudo o assunto coronelismo no nordeste brasileiro. A estória do menino que sobe na porteira e grita: "toca o berrante seu moço" embora bela, aparece apenas como alavanca para que se faça a discussão sobre o tema.
Nessa segunda versão, a questão política divide a atenções com o romance entre o peão ou boiadeiro Diogo (Daniel) e a filha do coronel, Juliana, vivida pela talentosa atriz Vanessa Giácomo.
Outro que aparece bem na telinha é o já consagrado José de Abreu na pele do temido coronel Batista. Para compor a personalidade mal-humorada de seu personagem, José de Abreu imaginou que ele sofria de uma crônica dor de dente. O ator então decidiu ir ao dentista e retirar uma ponte, de forma que a dor que sentia torna sua interpretação mais autêntica.
Mas quem rouba a cena mesmo é o garoto João Pedro Carvalho que dá vida ao personagem-título. Ele foi selecionado entre mil crianças e até parece gente grande em cena. Aos 8 anos, o ator mirim é praticamente um veterano. Começou a trabalhar aos 3 meses de vida estrelando comerciais de tv. Em 2003 fez sua estreia na telona no filme Acquária.
A trilha sonora é recheiada de grandes sucessos da música sertaneja de raiz.
Outro dado interessante, é que toda a equipe do filme recebeu como conselho que não assistisse à versão original, para evitar imitações.
O ponto fraco está na fraca interpretação de Daniel, que pelo menos por enquanto, não é ator. Mas isso não chega a comprometer por conta da boa atuação dos atores aqui citados. Sem falar que a cultura interiorana do nosso país, que ajuda e muito a enriquecer cultura brasileira como um todo é valorizada sobremaneira.
Quem desejar saber mais sobre o filme pode acessar a página oficial na internet: http://www.omeninodaporteira.com.br/ ou o blog http:omeninodaporteira.zip.net/
Enfim, a obra é uma boa diversão para os amantes da 7º arte.

Abraços a todos;
Carlos Henrique.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Até Quando Esperar?

Até quando esperar? Já dizia a nossa querida Plebe Rude nos idos dos anos 80. Pois bem. Estamos nos anos 2000 e até hoje as coisas continuam as mesmas. Estou me referindo ao atendimento dos nossos direitos como cidadãos e ao combate à corrupção no nosso país que continua devagar quase inexistente.Temos 509 anos como nação. Quase 200 anos já se foram como país independente. E até hoje o povo brasileiro segue desrespeitado no atendimento de direitos até mesmo considerados básicos. A nossa carga tributária é a maior do planeta. É de se imaginar que tivéssemos a melhor Saúde Pública, a melhor educação, a melhor segurança do mundo, ou pelo menos uma das melhores. No entanto a realidade é bem diferente.Nossos hospitais estão abarrotados de pessoas. A quantidade de médicos e servidores é insuficiente para atender à demanda. Faltam medicamentos e equipamentos. E quando não faltam, estão quebrados.A nossa educação perdeu em qualidade ao longo dos anos. Hoje, até existem mais crianças na escola, mas a qualidade piorou.Segurança? Esse talvez seja o pior de todos os itens. Isso devido ao aumento da violência e a incapacidade das autoridades diante da escala do crime. Casos de violência tomam conta todos os dias do nosso noticiário.Alguém aí já prestou atenção em como andam nossas vias públicas? Então, pagamos nossos impostos para termos vias de qualidade e olhem o que acontece. Elas mais parecem a superfície da lua, cheias de crateras. E bom quando não empenam nossas rodas e gastamos mais dinheiro para consertá-las.E como se não bastasse tudo isso, nós pagamos nossos impostos e acabamos por pagar mais de uma vez pelo mesmo serviço. Querem saber como? Então vejamos: Você paga seu imposto para ter saúde de qualidade, certo? Como você não tem, o que você faz? Se associa a um Plano de Saúde. Pagou duas vezes pela mesma coisa. Você paga seus impostos para ter educação de qualidade, certo? Não tem, e o que você faz? Bota seu filho em um colégio particular ou paga a sua faculdade. Pagou duas vezes pela mesma coisa. Você paga seus impostos para ter Segurança Pública de qualidade, certo? E mais uma vez, o que você faz? Paga uma seguradora para o seu carro, paga uma empresa de segurança privada para a sua rua, seu condomínio, sua casa e paga até o flanelinha para não roubarem seu carro. E se não pagá-lo, ainda corre o risco de chegar lá e ter o seu carro arranhado, seu pneu furado etc... . Isso sem falar nos equipamentos de segurança como câmeras, alarmes, travas... Vixe, dessa vez eu até perdi a conta de quantas vezes podemos pagar pelo mesmo serviço. Já parou para pensar nisso? Pois, é. Eu parei. E me assusto e revolto a cada vez que lembro disso.E a corrupção? Doença endêmica do nosso país. Ela é a culpada por tudo que foi dito acima. Ou em grande parte pelo menos. Se somos a nação que mais paga imposto no planeta, dinheiro tem. Se sumiu, vai ter que aparecer. Por bem ou por mau. Milhões, bilhões desaparecem dos cofres públicos em inúmeros escândalos que horrorizam o país. Dinheiro, meu, seu, nosso que deveria ser destinado para a educação, saúde, combate à violência. E aí, crianças e jovens ficam se estudar e brasileiros perdem suas vidas.Em nosso país, reina a cultura da impunidade. De que a lei tem que ser esquecida. Pelo visto nosso país é mesmo o país do futebol. Aqui se dribla dentro de campo e fora dele. Todo dia as leis são dribladas. E olhem que em driblar leis e normas, aqui temos verdadeiros especialistas. Especialistas que botam Pelé, Maradona, Romário, Zico, Rivelino no bolso...Dizem: Ah, mais o Brasil é o país do futuro! Desde pequeno que ouço isso. E que futuro é esse que nunca chega? Respondo: Não chega e jamais chegará se não arregaçarmos a mangas e fazermos a nossa parte. O povo brasileiro tem que aprender a correr atrás dos seus direitos. Fazê-los valer. Vejo com inveja as imagens vindas de outros países da população indo às ruas para exigir dos governos, das autoridades reivindicações como estas. Mas aqui, a idéia que se vende pelos meios de comunicação que são em parte sustentados pelo estado e pelos poderosos de plantão, a quem não interessa em nada este tipo de reivindicação, se vende a idéia de que são baderneiros. Vendem a idéia, direta ou indiretamente de que temos que ser pacíficos e sermos pacíficos e ficarmos em casa, de braços cruzados, levarmos a nossa vida e não nos participarmos em tais coisas. Pergunto: Que paz é essa? Pois essa paz, fabricada pelos agentes aqui citados, essa eu não quero para mim. Eu não quero para o meu país. Essa paz tem como sinônimo, alienação.É preciso que façamos uma verdadeira revolução cultural no nosso país. E nesse processo os sindicatos e os Movimentos Sociais são imprescindíveis. Revolução esta que comece pela mudança de costumes e conceitos equivocados. Pois estes mesmos costumes e conceitos equivocados é que estão levando nosso país nestes mais de 500 anos ao buraco. Para não dizer para outro lugar#*+*#+# (se é que você me entende).Somos o país do futuro? Sim, somos. Mas vamos nos apegando a essa expressão de deixando para amanhã ou depois para fazermos algo. Para fazermos essa revolução.. Vamos deixando para depois o que podemos fazer hoje e acabamos por nunca fazer. Se somos o país do futuro, esse futuro tem que começar hoje, agora. Logo depois de terminarmos de ler este texto. Vamos começar dando exemplo. Desde na moedinha lá do troco da padaria, que muitas vezes não volta com a desculpa de não termos troco (e temos muitas vezes) até a grandes movimentações envolvendo volumosas quantias em dinheiro. Vamos começar a dar exemplo devolvendo aquilo que não é nosso, mesmo que seja de valor financeiro pequeno. Tudo isso para exigirmos de nossos representantes um pouco mais de seriedade. Não é que não tenhamos moral para tal. Se pagamos impostos, já temos. Mas para termos mais moral ainda. Aqui existe a cultura de que ser desonesto é que é bom. Então precisamos mudar isso, para que novos corruptos não sejam fabricados.Transcrevo abaixo um texto de autoria de Elisa Lucinda que foi narrado por Ana Carolina no seu DVD com Seu Jorge, intitulado Só de Sacanagem. O texto é uma convocação a esta revolução de que vos falo. Afinal de contas, até quando esperar?

Só de Sacanagem

Meu coração está aos pulos! Quantas vezes minha esperança será posta a prova? Por quantas provas terá ela que passar?Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro. Do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais. Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta a prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz. Meu coração tá no escuro. A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e todos os justos que os precederam. 'Não roubarás!', 'Devolva o lápis do coleguinha', 'Esse apontador não é seu, minha filha'. Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar! Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar, sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará! Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear! Mais honesta ainda eu vou ficar! Só de sacanagem!Dirão: 'Deixe de ser boba! Desde Cabral que aqui todo mundo rouba!E eu vou dizer: 'Não importa! Será esse o meu carnaval! Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos.' Vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo, a gente consegue ser livre, ético e o escambal. Dirão: 'É inútil! Todo mundo aqui é corrupto desde o primeiro homem que veio de Portugal! E eu direi: 'Não admito! Minha esperança é imortal, ouviram? Imortal!'Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quiser, vai dar pra mudar o final!

quarta-feira, 4 de março de 2009

JK: Bela Noite Para Voar


O diretor Zelito Vianna (Villa-Lobos) leva às telas a cinebiografia do ex-Presidente do Brasil Juscelino Kubitschek. Com José de Abreu, Mariana Ximenes, Marcos Palmeira e Cecil Thiré.
Título Original: JK - Bela Noite Para Voar
Gênero: Drama
Tempo de Duração:
Ano de Lançamento (Brasil): 2009
Estúdio: Caribe Produções Ltda. / Focus Films
Distribuição: Lumière
Direção: Zelito Vianna Roteiro: Zelito Vianna, baseado em livro de Pedro Rogério Moreira Produção: Cláudia Furiati e Daniel Sroulevich
Música: Sílvio Barbato
Fotografia: Alziro Barboza
Direção de Arte: Alexandre Meyer
Figurino: Kika Lopes Edição: Diana Vasconcellos
Efeitos Especiais: Teleimage

Elenco: José de Abreu (Juscelino Kubitschek)Mariana Ximenes (Princesa)Marcos Palmeira (Carlos Lacerda)Cecil Thiré (Marechal Lott)David Pinheiro (Celso)Felipe Wagner (Fiúza)André Barros (Affonso)
Sinopse: O país vive um momento político conturbado, com um grupo de oficiais da Aeronáutica tentando derrubar o Presidente Juscelino Kubitschek (José de Abreu). Em meio à confusão instaurada JK conhece uma jovem de Belo Horizonte, apelidada de Princesa (Mariana Ximenes), com quem inicia um romance secreto.

Aguarde avaliação deste filme em nosso blog.

O Menino da Porteira




Um peão conduz uma grande boiada até a fazenda de um major ganancioso. No caminho ele conhece um garoto, que sonha em um dia se tornar boiadeiro. Com Daniel, José de Abreu e Vanessa Giácomo

Ficha Técnica

Título Original: O Menino da Porteira

Gênero: Drama

Tempo de Duração: Ano de Lançamento (Brasil): 2009

Site Oficial: http://www.omeninodaporteira.com.br/Estúdio: Jerê Filmes Distribuição: Sony Pictures

Direção: Jeremias Moreira

Roteiro: Jeremias Moreira, Carlos Nascimbeni e Beto Moraes, baseado em canção de Teddy Vieira e Luizinho

Produção: Moracy do Val

Música: Nelson Ayres

Fotografia: Pedro Farkas

Direção de Arte: Adrian Cooper

Figurino: Marjorie Gueller

Edição: Manga Campion

Elenco: Daniel (Diogo)Vanessa Giácomo (Juliana) José de Abreu (Major Batista)João Pedro Carvalho (Rodrigo)Rosi Campos (Filoca) Eucir de Souza (Otacílio Mendes)Antônio Edson (Zé Coqueiro)Valter Santos (João Só)Eduardo Chagas (Chico Fu)Lui Strassburguer (Militão)Cláudia Missura (Carolina)Zedu Neves (Dr. Almeida)Carlos Meceni (Noca)Nélson Pires (Fortunato)Alcides Miranda (Teodoro)José E. Adorno (Leobino)Antônio Gomes (Deolindo)José Ferro (Miro)José R. Scatolin (Gandu)Paulo Agnelli (Venerando)Edvar Miranda (Antônio Tega)Maria José Franco (Cesarina)Adair Luiz de Abreu (Zeca Barbeiro)Abel Garcia (Craro)Aparecido Antônio Kelm (Prequeté)Carlos Alberto Amorim (Antônio Cuba)Evandro Josiel Santos (Celau) Germano Pereira (Garoto)

SinopseAnos 50. No vilarejo de Rio Bonito o peão Diogo (Daniel) conduz uma grande boiada até a Fazenda Ouro Fino. Ao passar pelo sítio Remanso ele conhece Rodrigo (João Pedro Carvalho), um garoto que sonha em se tornar um boiadeiro. Logo eles se tornam amigos, sendo também testemunhas das injustiças que ocorrem na região devido à ganância do major Batista (José de Abreu), dono da Fazenda Ouro Fino. O major ordena que seus capangas chantageiem os moradores locais, de forma que vendam o gado pelo preço que deseja. A situação muda quando Otacílio Mendes (Eucir de Souza), pai de Rodrigo, decide se rebelar, contando com a ajuda do farmacêutico dr. Almeida (Zedu Neves).

Fonte: http://www.adorocinema.com.br/