quinta-feira, 30 de abril de 2009

Cinema Digital: A UPIS também tem!!!

A Faculdade Integradas - UPIS, também entrou na era do cinema digital. Foi inaugurado o projeto CINE UPIS, onde diretores e produtores brasilienses ganham mais este espaço para divulgação do seu trabalho e o público mais uma sala de cinema digital. Vale dizer que também é mais uma oportunidade do público do DF de rever filmes que até bem pouco tempo estavam em cartaz, como Austrália, A Múmia - Na tumba do imperador dragão e por aí vai... .
O projetor é de máxima resolução e o sistema de som, com caixas japonesas modelo HI-END da marca AVR, oferece alta qualidade e definição. O sistema de reprodução usa tecnologia progressive de quarta geração, com tela especial Kreische, importada da Alemanha, dando todo uma valor especial às imagens e os efeitos especiais.
O projeto funcionará sempre às quartas-feiras (exceto feriados ou recessos), com dois horários de exibição dos filmes: pela manhã, às 11h e a noite, às 18h. A entrada é gratuita e a programação será divulgada nos jornais locais e na página da UPIS na internet.
A UPIS possui um projeto de incentivo cultural, recebendo assim, todos os meses, exposições de artistas pláticos da cidade no Espaço UPIS de Arte Cultura, como também o projeto Intervalo Musical, realizado semanalmente.
Ingressar na área cinematográfica é mais um importante avanço que a faculdade dá no cenário cultural.
Temos que incentivar e prestigiar tais eventos, ao menos dentro do possível, pois são poucos os trabalhos culturais que são desenvolvidos por instituições de ensino superior.
Fica então, mais uma boa dica de diversão, lazer e cultura.

Mais informações: 3445-6778

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Ditabranda? Pimenta nos Olhos dos Outros é Refresco


Semanas atrás a Folha de São Paulo publicou um artigo com o título “Limites a Chávez”. Como se não bastasse a perseguição política sofrida pelo presidente venezuelano por grande parte da imprensa brasileira, o que ocorre por motivos óbvios, mas não corretos e que vou tratar aqui em uma postagem posterior.
Neste caso, especificamente, o problema central e a polêmica ficaram por conta do seguinte comentário: “As chamadas”ditabrandas”, caso do Brasil entre 1964 e 1985, partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou instituíam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça”.O jornal quis dizer que a Ditadura Militar no Brasil foi branda. Tal afirmação é um absurdo e um desrespeito à aqueles que de uma forma ou de outra foram atingidos pela ditadura.
Pois bem. Já relatei aqui alguns fatos ocorridos durante o período através do artigo Modernidade Sim! Esculhambação Não! onde coloquei que a censura à produção cultural brasileira era imensa e que quanto à imprensa, só podia ser publicado aquilo que o regime queria. Quanto aos jornais que não beijavam a mão da ditadura, foram duramente perseguidos e fechados.
O golpe militar ocorreu em 1 de abril de 1964, e depôs um presidente democraticamente eleito, ou seja, pelo voto. Jango (João Goulart) era tido pelos Estados Unidos como um socialista, por manter boas relações com Moscou e reativar as ligações do Brasil com a China. O Regime Socialista estava em franca ascensão pelo planeta e aos olhos dos capitalistas maiores do nosso planeta, essas relações externas do nosso país eram vistas como um grande perigo para os interesses americanos.
Os ianques então, articularam por debaixo dos panos um golpe para depor o presidente brasileiro. O que lamentavelmente possibilitou a deposição do então Chefe de Estado do Brasil.
O Regime Militar colocava olheiros, pasmem nas ruas e escolas, à paisana. Nas ruas para se infiltrarem em grupos de três ou mais pessoas que estivesse conversando para verificar o que está sendo dito e nas escolas para verificar o que está sendo passado pelos professores aos alunos.Quem era pego falando mal do governo era preso e torturado.
Milhares de brasileiros, foram presos, torturados e mortos pelo regime de repressão. Tive a oportunidade de participar de um ciclo de palestras na Unb onde uma das palestrantes fez parte da resistência ao regime e participou também da Guerrilha do Araguaia fazendo parte do grupo de guerrilheiros comandado por Carlos Lamarca, umas das principais lideranças da resistência aos opressores e umas das minhas principais referências políticas. Naquela oportunidade, ela nos relatou que presenciou do interior de um avião uma pessoa que fazia parte da resistência ser jogada do aparelho, viva, quando o mesmo sobrevoava a selva amazônica.
Veio o AI-5 (Ato Institucional nº 5) da ditadura que proibiu as chamadas liberdades individuais, tais como livre associação partidária, filiação a sindicatos, o direito à greve e à livre expressão e a manifestações. Sindicatos foram fechados e os partidos de esquerda também. Pelo simples fato de emitir uma opinião contrária ao governo militar o cidadão já podia ser preso. As manifestações públicas passaram então a serem duramente reprimidas.
Vários políticos e artistas brasileiros por serem contrários ao regime foram exilados e tiveram seus mandatos cassados. Toda a produção cultural era controlada pelo Estado ditador.
Muitos dos mortos até hoje não tiveram seus corpos achados e à família não foi dada nem a chance de dar um enterro digno a seus parentes.


Reação Imediata

Uma forte reação ao artigo foi imediatamente construída. Muitos foram os e-mail’s de leitores e intelectuais como protesto pelo artigo. Mais algo ainda mais estarrecedor estava por acontecer. Mesmo diante de todos os argumentos contrários aos colocados pela Folha, o referido jornal reafirmou suas colocações e ainda classificou a indignação dos intelectuais como “obviamente cínica e mentirosa”.
Na internet foi organizado um abaixo-assinado eletrônico que condenou o “estelionato semântico” do termo “ditabranda” e a agressão sem precedentes da Folha. O documento teve ampla repercussão e ganhou a adesão de diversas páginas e blogs alternativos da rede tendo o apoio de mais de 8.000 signatários entre os quais, celebridades como o sociólogo Antônio Cândido, o arquiteto Oscar Niemeyer e o cantor e compositor Chico Buarque.
Foi organizado um ato em frente à sede do jornal que contou com a presença de mais 500 pessoas entre professores, ativistas (militantes), ex-perseguidos políticos e parentes de desaparecidos mortos pelo governo ditatorial. Apenas durante a manifestação, o blog da jornalista Flávia Brites, que apoiou a mobilização contra a atitude equivocada do referido meio de comunicação, registrou um cálculo expressivo de mais de 60.000 acessos e mais de 100 outros blogs agregados apenas a partir do termo ditabranda.


De onde Nasceu o Artigo?

Como eu costumo dizer, na política nada acontece por acaso. Tudo têm uma razão de ser e de acontecer. O citado meio de comunicação apoiou fortemente a Ditadura Militar, a tal ponto que cedia seus carros que utilizava para transporte de seus exemplares de jornal para o transporte de presos políticos pelos organismos da repressão.
No dia 22 de setembro de 1971, a Folha publica um artigo criticando os movimentos de resistência ao mesmo com os seguintes dizeres: “... quando um governo sério, responsável, respeitável, e com indiscutível apoio popular, está levando o Brasil pelos seguros caminhos do desenvolvimento com justiça social, realidade que nenhum brasileiro lúcido pode negar, e que o mundo todo reconhece e proclama”.
Em julho de 1969, a Folha da Tarde foi entregue a Antônio Aggio Jr., ex-diretor do jornal Cidade de Santos, um homem ligado a Carlos Caldeira Filho, um dos donos da Folha de São Paulo na época. Aggio era um repórter policial e trouxe para trabalhar com ele Horley Antônio Destro e Carlos Dias Torres, todos com fortes vínculos com o aparelho do Estado, segundo a revista Caros Amigos.
A Folha da Tarde passou a publicar editoriais que faziam apologia à ditadura e que condenavam as ações armadas dos grupos de resistência, classificando-os como terroristas e inimigos do povo. Quando Lamarca foi morto pelos militares no sertão baiano, em 1971, a Folha da Tarde comemorou. No dia seguinte, estampava: “Morto bandido Lamarca”. Freqüentemente, presos políticos assassinados apareciam na imprensa como vítimas de atropelamento ou mortos em tiroteios com policiais. O que muitos tem hoje como manchetes manipuladas para se maquiar a verdade sobre estas mortes.
Na mesma época, Carlos Caldeira Filho, foi indicado para o cargo de prefeito de Santos, como interventor nomeado pelos militares.
Ao deixar o Grupo Folhas, Aggio se tornou assessor de imprensa do futuro senador Romeu Tuma, um policial que inclui em seu currículo mais de 15 anos de serviço no DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), que tinha como objetivo, controlar e reprimir movimentos políticos e sociais contrários ao regime no poder, onde eram fichados, presos, torturados e muitas vezes mortos os oponentes que ansiavam por liberdade, apenas isso, liberdade.


A Lição dos que Lutaram

Milhares de pessoas morreram, outras tiveram seus amigos e entes queridos mortos, outras tantas foram torturadas, outras silenciadas apenas por interesses políticos, comerciais e financeiros por conta do capitalismo desenfreado que com a sua imensa gana de poder e dinheiro, não polpa e nem escolhe métodos nem meios de atingir seus objetivos. As guerras, como inclusive a do Iraque, e os sucessivos ataques à soberania dos povos como os que ocorrem na Venezuela, Bolívia, e nos países do Oriente Médio, isto só para dar alguns exemplos, são outras provas disso.
Não sou nenhum doutor no assunto, mas gosto de política e sempre procuro ler e ver filmes sobre este triste período da nossa história. Portanto, não poderia jamais de deixar aqui um texto em relação a esse infeliz artigo da Folha de São Paulo. Presto assim, uma singela homenagem a todos aqueles que lutam. Em especial aos que lutam contra toda e qualquer forma de opressão e em favor da liberdade. Sem esquecer, evidentemente, daqueles que pagaram com suas vidas para que hoje tivéssemos a liberdade de nos expressar sem corrermos os risco de qualquer repressão.

domingo, 19 de abril de 2009

Se eu fosse você 2



Se eu fosse você II atingiu a marca de mais de 6 milhões de expectadores e se tornou o filme brasileiro mais visto desde 1995. E não é para menos. O primeiro é excepcional. Engraçadíssimo e o segundo não fica atrás.
Em meio a uma crise no casamento, Claúdio (Tony Ramos) e Helena (Glória Pires) trocam mais uma vez de corpo e vivem situações hilárias.A interpretação de ambos é simplesmente perfeita. Imprecionante como mudam de gestos, formas de falar e de atitudes. Mudanças dignas de quem realmente troca de corpo. Claro, se isso fosse possível... .A cena do futebol é das mais engraçadas das últimas comédias do mundo cinematrográfico. Bem como a cena de Tony Ramos com Cássio Gabus Mendes no banheiro. Se você ainda não foi assitir, vai saber de qual cena estou falando.E venhamos e convenhamos, Daniel Filho, diretor de tv e cinema, já conquistou de vez seu espaço como um dos maiores diretores tupiniquins. E olha que tem concorrência, viu?
O filme conta ainda, com Maria Luisa Mendonça, Marcos Paulo, Ary Fontoura e Chico Anysio.O filme já está em cartaz a pelo menos dois meses. Mas ainda dá tempo de ver. Portanto, corra até o cinema mais perto da sua casa e veja mais esse grande sucesso do Cinema Nacional. Eu se eu fosse você, seguia meu conselho.....

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Bom dia, Amig@s!


Como a maioria já deve saber: Elisa Lucinda, a grande poeta capixaba e fundadora da Escola Lucinda de Poesia Viva está desde o dia 13 próximo passado ministrando, na Sala Funarte, um Workshop de Poesia Falada e eu estou tendo o privilégio de participar, no intuito de aprender e, à medida do possível multiplicar este aprendizado. O término dessa fase do trabalho acontecerá dia 16 (amanhã) com um Recital dos participantes e professores, inclusive Elisa.

Então lembrem-se: amanhã (16/04), a partir das 19 horas, no Rayuela Livraria e Bistrô (CLS 412, Bloco B, Loja 3 – Fone: 3346-9006) Eu, meus Colegas e Elisa estamos esperando todos vocês para nos fartamos dessa energia e paixão que poesia oferta.


Um xêro e até amanhã!


Margô

Recital com Elisa Lucinda e Alunos.

Bom dia, Amig@s!


Como a maioria já deve saber: Elisa Lucinda, a grande poeta capixaba e fundadora da Escola Lucinda de Poesia Viva está desde o dia 13 próximo passado ministrando, na Sala Funarte, um Workshop de Poesia Falada e eu estou tendo o privilégio de participar, no intuito de aprender e, à medida do possível multiplicar este aprendizado. O término dessa fase do trabalho acontecerá dia 16 (amanhã) com um Recital dos participantes e professores, inclusive Elisa.



Então lembrem-se: amanhã (16/04), a partir das 19 horas, no Rayuela Livraria e Bistrô (CLS 412, Bloco B, Loja 3 – Fone: 3346-9006) Eu, meus Colegas e Elisa estamos esperando todos vocês para nos fartamos dessa energia e paixão que poesia oferta.


Um xêro e até amanhã!


Margô

domingo, 12 de abril de 2009

Modernidade Sim! Esculhambação Não!

É flagrante a queda de nível em alguns ritmos da música brasileira. O Brasil é conhecido mundialmente pela sua diversidade de ritmos musicais. Nenhum outro país do globo é tão rico musicalmente com ritmos regionais. O Forró do nordeste como um todo, o Maracatu de Pernambuco, o Bumba-meu-Boi do Maranhão, O Boi Bumbá do Amazonas, a música gaúcha no caso do Rio Grande do Sul são alguns dos exemplos que podemos citar.Entretanto, o que assistimos nos últimos anos, é uma depredação e porque não dizer, uma deturpação de vários ritmos e da música brasileira como um todo. A modernidade trouxe muito mais pobreza do que enriquecimento musical, ao menos no caso brasileiro. Senão, vejamos:No exterior, freqüentemente a imagem do Brasil é associada ao samba e ao futebol. Com isso, grandes nomes como Cartola, Alcione, Almir Guineto, Zeca Pagodinho, Neguinho da Beija Flor, Martinho da Vila, Beth Carvalho, Clara Nunes, Chico Buarque etc... surgiram e fizeram sucesso. A riqueza das letras que surgiram é notável. Na década de 60 e 70, várias dos sambas que surgiram inclusive, falavam da Ditadura Militar, que sufocava o povo brasileiro na proibição de suas liberdades individuais tais como, Liberdade de Expressão, proibição da existência de Partidos de Esquerda, sindicatos, manifestações públicas etc... .Toda a obra artística, fosse ela, musical, teatral, plástica ou literária, tinha que passar pelo crivo da censura, que aliás era rigorosa. A música se tornou uma válvula de escape para vários de nossos artistas e sambas como “Quando o Carnaval Chegar” de Chico Buarque eram a mais clara imagem da realidade política e social do país. O carnaval do título na realidade era uma alusão à democracia. Lamentavelmente o nome carnaval teve que ser usado para “driblar” a censura do regime.Vários jornais tinham em sua redação um “censor”, termo utilizado para denominar o representante do regime que trabalhava para a censura. E só era publicado o que era autorizado pelo mesmo. Críticas ao governo, nem pensar. Escândalos que atingissem o regime, menos ainda. Muitos foram mortos ou exilados do país, simplesmente porque gritavam por liberdade. E a música, apesar de todo o controle do Estado, foi um importante elemento de conscientização a respeito da realidade vivida por nosso país, além de servir como um desabafo que não era apenas de um grupo de artistas, mas de toda a sociedade.Os sambas que vemos hoje, que muitos preferem chamar de Pagode, podem parecer normais para alguns, mas se comparados em termos musicais e de letra aos sambas do passado, é de uma pobreza de conteúdo, sem limites.Quanto ao Forró, historicamente sempre foi como a divulgação do dia-a-dia do nordestino. O chamado Forró-pé-de-Serra, bem como o Xote nada mais são do que o Forró original produzido nos mais longínquos rincões do nosso país. Suas letras falam dos problemas sociais, das angústias, da falta de chuva que atinge boa parte do povo daquela região do país. Asa Branca, de Luiz Gonzaga é um forte exemplo disso, vejam abaixo:
1-Quando oiei a terra ardendo
qual fogueira de São João
Eu perguntei, ai a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação.
2-Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado
morreu de sede meu alazão.
3-Até mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração.
4-Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Para eu voltar pro meu sertão.
5-Quando o verde dos teus oios
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração.

Asa Branca, que dá nome à música, é uma ave típica da região. Uma música que retrata um grave problema social até hoje existente. Pergunto: Quai das bandas de forró da atualidade, fala de questões como essa em suas músicas? As bandas de Forró de hoje, prestam um desserviço à música e até mesmo à cultura do seu próprio povo, o nordestino, pois deixam de retratar tal situação para falar de amenidades, ou o pior, de chifres (traições). Isto sem falar na apelação sexual onde a mulher é frequentemente colocada apenas como um objeto sexual e a modificação do ritmo original com o Forró Eletrônico. Não sou contra modificações e muito menos contra a modernidade. Mas nesse caso, descaracteriza todo o ritmo e ataca a cultura daquela região do país. Tudo isso fruto da ganância de produtores e artistas, ávidos por dinheiro, que imaginam que assim poderão enriquecer mais rapidamente com maior venda de CD’s/DVD”s.O próprio Rock não é mais aquele. E quem viveu a Geração Anos 80, sabe disso. Uma década que foi a responsável pelo surgimento de nomes como: Blitz, Bíquini Cavadão, Titãs, Barão Vermelho, Plebe Rude, Engenheiros do Hawaii, Capital Inicial, Zero, Nenhum de Nós, Legião Urbana etc... , hoje vive um momento um tanto quanto delicado, pelo menos em termos. Saem as letras que falavam de questões sociais e políticas que conscientizavam os ouvintes, como era o caso dos referidos anos citados aqui, e mais uma vez entram as ditas amenidades das letras roqueiras de hoje em dia que só falam de amores correspondidos ou não. Não sou contra que se fale disso. Nos anos 80 mesmo, várias músicas abordavam tal assunto. O que sou contra e acho terrível, é que se fale apenas disso como se a vida apenas isso fosse. Como se tivéssemos apenas este assunto para tratar em nossas músicas. Sei que o romantismo vende. Tudo bem, que abordem o tema se a intenção é vender DVD. Mas que tratemos também de outros assuntos igualmente importantes.No caso do sertanejo, é outro problema crônico. A deturpação é tão grande quanto a que ocorre no Forró. As letras que outrora tratavam da cultura do “Homem do Campo”, hoje em nada tem haver com isso. E o sertanejo de raiz está acabando.Alguns analistas musicais dizem que tudo é uma questão de conjuntura. No caso da ditadura, como havia uma grande repressão às liberdades individuais, a inspiração era maior. Duvido muito. E como se explica o conteúdo rico das músicas anteriores a esta época? E o que me preocupa é que as crianças e jovens de hoje serão os artistas de amanhã. Muitos inclusive já batalham no meio artístico. E como produzir arte, música de qualidade sendo que para a maioria deles o que está na crista da onda no momento é tudo isso do que estou falando? Como hoje em dia nada ou pouco se tem da alma musical de Luiz Gonzaga, da poesia de um Renato Russo, da rebeldia positiva de um Cazuza ou de um espírito caípira de um Tonico e Tinoco, dificilmente produzirão algo de igual qualidade.Não quero aqui, ferir os gostos e mexer com os brios de ninguém. Não é essa a intenção. Quero dizer que respeito os gostos e opiniões de cada um, de cada Ser Humano. Sei que o NRDR embora seja eminentemente um Blog que do ponto de vista musical fale muito mais de Rock, é lido por pessoas que apreciam outros ritmos musicais onde muitas das mesmas gostam inclusive de artistas e bandas que infelizmente estão promovendo toda essa problemática para a música tupiniquim. E a visita virtual de todos vocês é importante para nós. Sem isso não sobrevivemos como tal. E cada um tem o direito de gostar ou não do que quiser e ninguém tem nada haver com isso. Mas isso não quer dizer que eu não possa ter a minha opinião e não possa aqui expressá-la. Eu mesmo, não gosto só de Rock. Gosto de MPB, de Forró e de Sertanejo. Mas de raiz. E isso, porque sou um apreciador da cultura e sei que ela se manifesta das mais diversas formas, inclusive nos mais diversos ritmos musicais e não apenas em um. Assim sendo, o debate está aberto.Para quem quiser saber mais sobre essa página lamentável da nossa história que foi a Ditadura Militar deixo aqui algumas dicas cinematográficas tais como: Eles não Usam Black-Tie, O Ano em que meus Pais Saíram de Férias, Lamarca e Zuzu Angel.
Abraços a todos;
Carlos Henrique.

A Cultura como Elemento Conscientizador e Mobilizador de um Povo

Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar) é um termo com várias acepções, em diferentes níveis de profundidade e diferente especificidade. São práticas e ações sociais que seguem um padrão determinado no espaço. Se refere a crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que permeiam e identificam uma sociedade. Explica e dá sentido a cosmologia social. É a identidade própria de um grupo humano em um território e num determinado período.Portanto, cada povo tem a sua cultura, suas tradições, seus costumes e crenças. Dentro do nosso próprio país, existe uma grande diversidade cultural que varia de estado para estado. Como nação, indiscutivelmente, temos muitos problemas, é verdade. Mas também temos inúmeros pontos positivos, sendo a imensa produção cultural realizada pelos nossos artistas uma das mesmas.É bem verdade também, que a produção musical divulgada pela grande mídia, em sua maioria é de qualidade duvidosa. Entretanto, existe uma outra parcela desta produção à margem dos espaços “midianos”, que se faz presente em pequenas casas de shows, barzinhos etc... Enfim, lugares de música mais seleta.É impossível medir a importância que a cultura tem para uma sociedade ou para um grupo de indivíduos. Tanto que, se analisarmos todas as grandes revoluções populares que ocorreram ao longo da história humana, constataremos que a cultura esteve presente, de uma forma ou de outra em todas elas. O maior de todos os exemplos que podemos citar, sem dúvida é a Revolução Bolchevique, no Leste Europeu na antiga União Soviética.Através da cultura o Ser Humano, se redescobre, se renova, mas ao mesmo tempo valoriza mais suas raízes. Torna-se mais consciente de seus direitos e deveres. E valorizando suas raízes, se reveste da armadura de defesa contra o ataque de uma outra cultura dominadora, invasora, muitas vezes colocada por uma outra religião ou por um país colonizador dos tempos modernos.Durante décadas, o Brasil adotou, por influência do capitalismo com sua sede voraz e sem escrúpulos pelo lucro, o regime escravocrata. O negro não apenas povoou o Brasil e deu-lhe prosperidade econômica através do seu trabalho. Trouxe, também, as suas culturas que deram o ethos fundamental da cultura brasileira. Vindos de várias partes da África, os negros escravos trouxeram as suas diversas matrizes culturais que aqui sobreviveram e serviram como patamares de resistência social ao regime que os oprimia e queria transformá-los apenas em máquina de trabalho. Aquele que não pode atacar frontalmente procura formas simbólicas ou alternativas para oferecer resistência a essas forças mais poderosas. Dessa forma o sincretismo assim chamado não foi a incorporação do mundo religioso do negro à religião dominadora, mas, pelo contrário, uma forma sutil de camuflar internamente os seus deuses para preservá-los da imposição da religião católica. Não havendo como fugir à religião oficial, num tempo em que existia o monopólio do poder político e o monopólio do poder religioso, pela classe senhorial e a igreja Católica respectivamente. Daí o mecanismo de defesa sincrético dos negros. A mesma coisa aconteceu com as suas línguas. Não possuindo unidade lingüística, os africanos foram obrigados a criar uma que fosse comum para que pudessem entender. Os povos bantos que chegaram em primeiro lugar e aqueles que habitavam a parte sudanesa da África, posteriormente, incorporaram ao nosso léxico milhares de vocábulos na estrutura do português. No entanto, ninguém, ou quase ninguém, viu essa incorporação como um fator de enriquecimento, mas, criou-se a palavra chulo para designar esses vocábulos. Após a escravidão, os grupos negros que se organizaram como específicos, na sociedade de capitalismo dependente que a substituiu, também aproveitaram os valores culturais afro-brasileiros como instrumentos de resistência. Isto não quer dizer que se conservassem puros, pois sofreram e sofrem a influência aculturativa (isto é, branqueadora) do aparelho ideológico dominante. É uma luta ideológico-cultural que se trava em todos os níveis, ainda diante dos nossos olhos. O exemplo das escolas de samba, especialmente no Rio de Janeiro – que perderam a sua especificidade de protesto simbólico espontâneo de antigamente para se institucionalizarem, assumindo proporções de um colossalismo quantitativo e competitivo antipopular e subordinando-se a instituições ou grupos financiadores que as despersonalizaram inteira ou parcialmente do seu papel inicial -, exemplifica o que estou afirmando. A raça negra, inclusive, é responsável por uma importante contribuição dada à cultura brasileira, através da música, da culinária e da dança.Sob a égide da célebre frase: “Quem sabe mais, luta melhor”, dita por um estivador do porto de Vitória-ES de apelido Bisourão, tomei posse em dezembro de 2004 como Diretor de Cultura de um dos mais importantes e maiores sindicatos de Brasília. O SINDSEP – Sindicato dos Servidores Públicos Federais. Com quase 30 mil filiados, é o segundo maior sindicato do Distrito Federal, ficando apenas atrás do SINPRO. Então, tenho uma experiência na área e falo com um pouco de conhecimento de causa. Desde o começo, usando a citada frase como lema, temos feito a celebração de datas importantes do calendário, como o Dia Internacional da Mulher, Dia Nacional da Consciência Negra e o Dia Internacional de Combate ao Racismo. Com debates, palestras e atividade cultural, como teatro dança e shows com artistas de qualidade da cidade. Temos realizado também grandes festas juninas. A primeira com um público de 2.000 pessoas em 2005. A última, contou com um público de 5.000 pessoas.Vale dizer, que tais festas, constituem em uma das maiores expressões culturais do povo brasileiro. Aí entra a questão das raízes da qual falei.Outro ponto é a festa de aniversário do sindicato. Desde 2006, pisaram neste palco nada mais do que Belchior, Guilherme Arantes e The Fevers. O primeiro trabalhou na resistência ao Regime Militar na área cultural. Uma de suas principais obras “Como Nossos País” feita em parceria com Elis Regina, é um desabafo diante das atrocidades cometidas pelo regime, uma conscietiza ção através da arte. O segundo, com a sua tradicional consciência política ecológica. Os terceiros, uma banda com nada mais do que 48 anos de estrada, sendo uma das pioneiras do rock no Brasil.A diretoria do sindicato fez também um importante trabalho de incentivo à leitura, através do projeto “Toma lá da cá”.Talvez o nobre leitor(a) se pergunte: Porque este cara está falando de tudo isto? Para provar de que é possível conscientizar através da cultura. Desde que eu e meus pares começamos a realizar tal trabalho, a participação dos servidores nas atividades do sindicato aumentou consideravelmente. Não posso afirmar aqui que o único motivo pelo qual isto se deu, foi pela questão cultural. Mas com certeza posso afirmar que o trabalho na área contribuiu substancialmente para tal. Vários servidores inclusive, nunca haviam pisado no interior do mesmo, começaram a freqüentá-lo, graças às atividades na área cultural desenvolvidas. Posso citar outros exemplos de entidades sindicais que investem na área cultural, tais como o Sindicato dos Bancários e o SINDJUS. Mas infelizmente, são poucos os sindicatos que investem na cultura como elemento conscientizador e mobilizador de um povo. Os aqui citados, ainda nadam contra maré.Num Estado democrático de Direito, a participação popular tem que se basear em três tipos de canais institucionais. Em primeiro lugar, num canal de informação. Não ocorre participação cidadã, se não há informação qualitativamente pertinente e quantitativamente abundante sobre os problemas, os planos e os recursos públicos. Em segundo lugar, canais de consulta, tais como o plebiscito, referendo, tribunais populares, entre outros. E por fim, canais de reivindicação e de protesto. Para serem eficientes, esses canais têm que ser visíveis, de amplo e fácil acesso, e com limites claramente definidos.Para o professor Juan Diaz Bordenave, autor de diversos livros, a qualidade da participação aumenta quando as pessoas aprendem a conhecer sua realidade; a refletir; a superar contradições reais ou aparentes; a identificar premissas subjacentes; a antecipar conseqüências; a entender novos significados das palavras; a distinguir efeitos de causas, observações de inferências e fatos de julgamentos. Além do mais, a qualidade da participação também melhora quando as pessoas aprendem a manejar conflitos; a compreender seus sentimentos e comportamentos; a tolerar divergências e a respeitar opiniões. E por fim, quando as pessoas aprendem a organizar e coordenar encontros, assembléias e mutirões; a formar comissões de trabalho; a pesquisar problemas; elaborar relatório e usar meios técnicos de comunicação. Portanto, a presença desses pontos indica que está havendo um aprendizado da participação, pois “a participação é uma vivência coletiva e não individual, de modo que somente se pode aprender na práxis grupal. Parece que só se aprende a participar, participando”.É necessário, portanto, que a sociedade civil organizada, trabalhe mais com informação independente e de qualidade. Lamentavelmente, os meios de comunicação, na maioria dos casos pouco informam e despolitizam. Ou seja, omitem fatos ocorridos em uma cidade, estado ou nação. Fatos estes importantes para a real compreensão do que está acontecendo em um município, estado ao país, mascarando a realidade e passando a verdade que os interessa. Daí a necessidade de estarmos sempre nos “aculturando” e estarmos buscando fontes alternativas de informação e não apenas as Rede Globo da vida.Temos também que ressaltar o importante trabalho realizado por grupos com página na Internet ou blog, que trabalham de forma firme e contundente na divulgação de atividades culturais e que discutem política de forma didática e aproveitável. E neste sentido, o N.R.D.R tem cumprido o seu papel na vida cultural de nossa cidade. Pelo menos é o nosso objetivo e o que temos tentado fazer. Pedimos perdão aos leitores por possíveis falhas aqui cometidas, pois também somos humanos. E temos diversos colaboradores. Cada um tem a sua própria cabeça, opiniões e gostos. Eu inclusive sou o mais recente membro. Sou um admirador do trabalho aqui realizado, por isso o meu ingresso na trupe. Mas com erros e acertos, o que importa é que damos nossa cara a tapa e nos dispomos a fazer algo pela cultura de Brasília, pois cultura é vida.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Fiel - O filme



Em primeiro lugar, quero deixar bem claro que sou corintiano e não vou fazer a menor questão de ser isento neste texto. Vou deixar a emoção e o sentimento fluirem nas linhas quem seguem.

Estréia hoje, sexta-feira, dia 10, nos cinemas do Brasil, “Fiel - O Filme”, mais um exemplar dos filmes ligados a futebol no Brasil. Com direção de Andréa Pasquini e Roteiro de Marcelo Rubens Paiva e Serginho Groisman, o domentário retrata o período vivido pelo Corinthians entre a queda para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, em 2007, e o retorno para a série A, no final do ano passado. Bem como alguns dos momentos históricos do time ao longo desses 99 anos de existência como a invasão do maracanã em 1976 pela fiel torcida na semi-final do brasileirão contra o Fluminense.
“Fiel”, foi produzido pela G7. Na fita aparecem depoimentos dados pelos torcedores do Timão e de jogadores. O resultado é um recheio de emoção - como naturalmente cabe a um filme ao futebol.

Segundo Luís Paulo Rosenberg, Diretor de Marketing do Corinthians, a meta é bater os 250 mil ingressos vendidos de Pelé Eterno, outro longa futebolístico brasileiro.

A intenção foi a de homenagiar não o Corinthians, não a diretoria, mas sim a torcida. O filme foi feito para ela, numa clara tentativa de recompensá-la por todo o apoio que a mesma deu ao clube com a queda para a segunda divisão. Daí o nome da fita. Mas é evidente que também se trata de uma jogada de marketing das maiores.

O que se costuma dizer não é que o Corinthians é um time com uma torcida, é sim uma torcida com um time. Ela o carrega, o empurra. Tive a oportunidade de assistir a um jogo do timão no Pacaembu pela Libertadores contra o América do México. O time estava mal em campo e para completar o adversário ainda fez 1x0. Pensei: "caramba, não é possível que eu saí de Brasília para ver o Corinthians perder aqui". Eis que de repente, a torcida começou a gritar e a empurrar o time. Não deu outra. Veio a virada e a torcida inteira, ao término do j0go, deixou as dependências do estádio entoando o hino do clube. Foi de arrepiar. Fora as vezes que o time veio à Brasília e que estou sempre prestigiando.

Durante os longos 23 anos em que o Corinthians ficou sem conquistar títulos, a torcida coritiana só aumentou. Fato raro em todo o mundo, pois a tendência natural em momentos assim é sempre de diminuição. Sendo assim, não é de se admirar que em um momento como a queda para a segundona, a torcida fizesse o seu papel e continuasse ao lado. O grito de guerra "Nunca vou te abandonar" foi cumprido à risca. Para uma torcida assim, nada mais justo do que uma homenagem como esta.

Vale dizer que não é a primeira vez que o cinema nacional relembra em suas telas momentos como este. Inacreditável Batalha dos Aflitos (2005) sobre o Grêmio e Gigante - Como o Inter Conquistou o Mundo (2007) sobre o Internacional são outras experiências nesse sentido.

A pré-estreia em São Paulo, segundo o jornal O Estado de São Paulo (Estadão), foi prestigiada por diversas personalidades entre as quais os ex-jogadores do Corinthians e da seleção brasileira Wladimir e Zé Maria e André Santos e William do elenco atual. Sendo este último inclusive, cinéfilo confesso. A torcida compareceu como se fosse a um jogo. Com camisas e bandeiras e a ponto de gritar no primeiro lance do gol do documentário.

Uma das partes mais emocionante sem dúvida nenhuma é a que aparece a torcedora Danúbia Cristiano dos Santos. Não só por ser fanática, mas também porque mesmo descobrimento que está com câncer e dibilitada fisicamente pela quimioterapia, não desistiu de comparecer aos jogos do time na Série B. Ela convenceu aos médicos de que ir ao estádio torcer pelo Corinthians seria bom para o tratamento terapêutico. Vendo-a vibrar na arquibanca, parece que foi bom mesmo.

Outro caso interessante é o de uma moça que namora um palmeirense. No dia do rebaixamento alvinegro, eles estavam no Parque Antárctica vendo um jogo do Palmeiras. Enquanto mais de 20 mil torcedores zombavam do rival ela sofria de radinho colado no ouvido, sofria junto com a nação alvinegra.

Amigos, peço perdão porque sei que nem todos que acessam este blog são corintianos. Quero dizer que tenho amplo respeito por todos os times e torcidas. E acho bonito ver um estádio lotado por uma torcida. Mesmo que não seja a minha. Mas diante deste documentário exibido nos cinemas a nível nacional, não poderia deixar de fazer esta postagem.

Abraços a todos;
Carlos Henrique.


quarta-feira, 8 de abril de 2009

Pupurri Cláudio Falcão


Já dizia o ditado: Filho de peixe, peixinho é. Pois bem. Ao vermos Cláudio Falcão em cena, temos a certeza de que em poucos casos essa frase é tão verdadeira. Filho da teatróloga e atriz Ruth Guimarães, o cara é um verdadeiro show, seja como ator, seja como roteirista, pois ele mesmo escreve suas peças. Cláudio é de uma flexibilidade incrível. Interpreta com imenso talento todas as suas personagens. Detalhe: Todas elas em uma mesma peça.Muitas vezes troca de roupa nos bastidores, outras em pleno palco. Nem por isso sentimos alguma semelhança entre as personagens. Parece ser outra pessoa. Outro ator interpretando.

Embora jovem, Cláudio começou sua carreira em 1986. E não parou mais. Desde lá, se tornou famoso, conhecido e reconhecido na cidade. E Brasília se acostumou a vê-lo nos mais diversos palcos. Todos eles com casa cheia. Se a temporada é de dois meses, em cada apresentação os ingressos são disputados acirradamente pelo público.

Eu particularmente, conheci seu trabalho em 2002 com o espetáculo Mary Tipo Top, na época em cartaz no Teatro dos Bancários. Confesso que fiquei impressionado com seu talento e carisma em cena. De lá pra cá, sempre que posso, prestigio suas apresentações. O ator tem uma verdadeira empatia com o público e o público com ele.

E ele nos presenteia com mais uma temporada. Está em cartaz a peça Pupurri Cláudio Falcão, com os melhores momentos das mineirisses de Berenice, os cearencismos de Gorete e as irreverências de Mary.



Serviço da Peça:



Pupurri Cláudio FalcãoNo Espaço Mosaico - 714/715 Norte - Bloco D Loja 16 - Próximo ao Colégio Leonardo Da Vinci –Local: Asa Norte
Data: Sextas, sábados as 21hs e aos domingos as 20hs
Preço inteira: R$ 30Preço meia: R$ 15
De: 03/04/2009Até: 12/04/2009
Informações: (61) 3032-1330



Abraços a todos;
Carlos Henrique.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Cine Clube Bancários: Um Exemplo a ser Seguido




Tenho escrito aqui no blog a respeito da importância cultura como elemento mobilizador e consicientizador da sociedade.Entretanto, os Movimentos Sociais como um todo, e em especial os sindicatos, pouco a utilizam como ferramenta em busca desse objetivo.Aqui mesmo em Brasília, apenas quatro sindicatos, a meu ver investem pesado na área cultural: SINDSEP (Sindicato dos Servidores Públicos), SINDJUS (Sindicato dos Servidores do Judiciário) e o SINPRO (Sindicato dos Professores) e Sindicato dos Bancários.E nesse sentido, venho ressaltar a iniciativa deste último com o Projeto Cine Clube Bancários, que há mais de um ano é colocado em prática pela entidade. Os filmes possuem, todos eles, sem excessão, um forte conteúdo social/cultural, não sendo apenas para lazer. As sessões do Cineclube ocorrem todas as segundas-feiras, às 20h, no Teatro dos Bancários, na sede do Sindicato (EQS 314/315 - Asa sul). Informações pelo telefone 3262-9090. Entrada gratuita.E para este mês de abril, em comemoração ao aniversário de nossa cidade, capital de todos os brasileiros, o sindicato bolou uma programação especial, conforme segue:

06 de abril - LOUCO POR CINEMA (Direção: André Luiz Oliveira. Ficção, 100 min, 1995).
Classificação: 16 anos.

Sinopse: Um cineasta (Nuno Leal Maia) enlouquece e, dentro do hospício, sequestra uma Comissão de Direitos Humanos, a qual só libertará em troca da produção de um roteiro escrito por ele. Com a ajuda de velhos companheiros de sua antiga equipe de filmagem, ele acaba transformando os loucos em atores.Presença do diretor André Luiz Oliveira e do produtor Márcio Curi no debate.

CURTA: DEU NO JORNAL (Direção: Yanko del Pino. Animação, 3 min, 2005).

Classificação: 16 anos.

Sinopse: A saga de um solitário e suas fantasias desenhadas em esferográfica num jornal velho.

13 de abril - A INVENÇÃO DE BRASÍLIA (Direção: Renato Barbieri. Documentário, 55 min, 2001).

Classificação indicativa: Livre.

Sinopse: Filme-documentário histórico sobre a capital modernista, desde a formação geológica do Planalto Central até os dias de hoje, passando pela saga da construção. Narração de Fernanda Montenegro. Presença do diretor Renato Barbieri no debate.

CURTA: A LENTE E A JANELA (Direção: Marcius Barbieri. Ficção, 12 min, 2005).

Classificação indicativa: Livre.

Sinopse: Uma menina ganha uma câmera de vídeo no Natal e se transforma através da lente e da janela.

20 de abril – NÃO HAVERÁ SESSÃO DEVIDO AO FERIADO.

27 de abril - OSCAR NIEMEYER – A VIDA É UM SOPRO (Direção: Fabiano Maciel. Documentário, 90 min, 2007).

Classificação indicativa: Livre.

Sinopse: Documentário sobre a vida e a obra do maior dos arquitetos modernos brasileiros, Oscar Niemeyer. O arquiteto conta de maneira descontraída como foram concebidos seus principais projetos, entre eles Brasília, a sede do Partido Comunista Francês e da Editora Mondadori, em Milão. Fala também de política, de amigos, das mulheres e do Brasil.

CURTA: ATHOS – De Sérgio Moriconi. Documentário, 20 minutos, 1998.

Classificação indicativa: Livre.

Sinopse: Athos Bulcão trabalha e conversa em seu atelier enquanto pixadores, rapeleiros, fetichistas e falsos arqueólogos descortinam a presença de sua arte em Brasília.

Ficha completa e curiosidades das exibições em http://www.cineclubedf.blogspot.com/.

Vale dizer que as sessões são abertas não só aos bancários, mas a comunidade em geral.

É, pelo visto, o sindicato dos bancários está com uma programação mais rica de conteúdo cultural do que o GDF.

Abraços a todos;
Carlos Henrique.

domingo, 5 de abril de 2009

Heaven & Hell em Brasília!

Banda

Geezer Butler, Vinny Appice, Ronnie James Dio e Tony Iommi

Em 13 de maio de 2009, o Ginásio Nilson Nelson vai tremer ao som pesado do heavy clássico e pesado do Heaven & Hell, simplesmente uma das melhores formações do grupo inglês Black Sabbath. Fique ligado!

Pelo grupo Black Sabbath já passaram alguns vocalistas, naturalmente, Ozzy Osbourne é seu maior ícone. A banda inglesa, considerada pela revista Rolling Stones como os "Beatles do Heavy Metal", teve em Ronnie James Dio um sucessor à altura de Ozzy, considerado por muitos, melhor que o cantor de origem do Sabbath em função do seu vocal potente, agudo e calibrado para o heavy tradicional. Em recente eleição dos 40 melhores vocalistas de rock de todos os tempos, Dio ocupou a 30ª posição, confira aqui a lista.

O Heaven & Hell tem em sua formação, além de Dio (vocal), os integrantes de origem do Black Sabbath, Tony Iommi (guitarra) e Geezer Butler (baixo). Vinny Appice (bateria), que já havia tocado em outras formações do Sabbath, foi convidado, após Bill Ward, baterista original da banda inglesa declinar do convite para a reunião em 2006 que gravaria 03 canções inéditas para o álbum "Black Sabbath – The Dio Years", projeto que resgata canções dos CD's Heaven And Hell (1980), Mob Rules (1981) e Dehumanizer (1992). Tomando gosto pela coisa, os quatro soltaram em 2007 o CD/DVD Live from Radio City Music Hall e lançarão em 28 de abril, The Devil You Know, que dá suporte a turnê que passa pelo Brasil, especialmente Brasília, no dia 13 de maio.

O batismo Heaven & Hell, deu-se em homenagem ao primeiro álbum homônimo do Black Sabbath com Ronnie Dio nos vocais, já que uma cessão do nome original daria problemas junto a Sharon Osbourne, esposa e empresária de Ozzy. Idéia que agradou os fãs, por dar ao grupo uma sonoridade original na empreitada, liberando-os das amarras do Sabbath.

Corra e garanta seu ingresso, afinal, depois do Iron Maiden, temos a oportunidade de testemunhar mais um grande show internacional na cidade. Você não vai querer ficar fora dessa, vai?

SERVIÇO:

Data: 13 de maio de 2009
Horário: 22h
Local: Ginásio Nilson Nelson
Valor dos ingressos:
* Hot Zone: R$ 150,00
* Arena: R$ 100,00
* Superior: R$ 50,00
Valores referentes à meia entrada.

Primeiro lote sujeito à alteração de valor sem aviso prévio.

Consulte a classificação indicativa

Aonde comprar:
* Brasília: Lojas Mormaii, Free Corner e Porão 666

* Goiânia: Tribo do Açai e American Music.

Informações pelo telefone 3964-0004 ou pelo site www.brasiliainconcert.com.br.

Artigo: Brasília 49 anos, pode ser tudo, menos uma festa!

Os pilares de uma sociedade são fundados na segurança, educação e saúde. E por que não na cultura?

Todos nossos pilares estão sendo destruídos. Os três principais já são motivos de preocupação, pois os problemas só aumentam: a educação não é valorizada e, se não há respeito, desenvolve-se a violência, e se esta é óbvia, existem mais atendimentos nos hospitais, e, sem atendimento médico, avistamos morte e sofrimento.

Não existe política pública e séria para promover segurança, educação e saúde, Isso é fato! Afinal, vemos exemplo dessa derrocada todos os dias de nossa existência.

A cultura é uma das vítimas desse aviltamento! Esse discurso não é pelo fim dos artistas que desaprovo, pois há espaço para todos. Esse discurso é pela valorização de um bem comum que pode ajudar em vários aspectos nas dificuldades que afligem segurança, educação e saúde. Com cultura, a sociedade se desenvolve e aprende a ter, no mínimo, respeito.

A festa de aniversário pelos 49 anos de Brasília, que acontecerá dia 21/04, é um arquétipo perfeito para as citações acima. Apesar de não gostar dos confirmados Xuxa, Jota Quest, Jorge e Matheus, Cláudia Leitte e das possíveis apresentações de Padre Marcelo Rossi e Ivete Sangalo. Creio que alguns deles deveriam vir, sim, mas todos juntos é uma desvalorização total de um molde cultural razoável.

Na festa de 2007 dava forma ao evento, Calypso e Zezé di Camargo e Luciano, mas também Os Paralamas do Sucesso, que já provaram o seu valor cultural. Em 2008, era a vez de Chiclete com Banana, RBD e o cantor Leonardo. Capital Inicial, que é a cara da cidade, fez um show maravilhoso e inovador, mostrando porque estavam ali.

As comemorações para 2009 tornaram-se uma prova do mau gosto. Houve a preocupação apenas com o “populismo” e não com a “responsabilidade”. Sim, concordo que os políticos têm a necessidade de ser populares, mas não podem, nunca, afastar-se da responsabilidade de governar e perder a oportunidade de deixar um legado social e útil para o povo.

Reitero! Ok, tragam esses artistas, mas valorizem também quem pode dar exemplo e ensinar algo. Afinal, nem só de circo vive o homem.

Para que você tenha consciência da opinião do N.R.D.R., separei alguns links abaixo para que você não nos ache pedante. Leia nossa opinião. Apenas nos preocupamos com o futuro da nação. Que País é Este?

P.S.: Depois desses shows, U2 em Brasília 2010 é obrigação! Embora utópico.

Links:

O Julgamento de quem gosta de Música (aqui)
Música pra que? (aqui)
Modernidade Sim! Esculhambação Não! (aqui)
A Cultura como Elemento Conscientizador e Mobilizador de um Povo (aqui)
Brock engajado dos anos 80 (aqui)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Sindicatos valorizando a arte e o artista do DF.

Companheir@s,

Sem dúvida, a contribuição é sine qua non!

Pois, ante a burocracia, a escassez de espaços, a falta de vontade política e por que não dizer o descaso do Estado para com os artistas locais e consequentemente, com os apreciadores da arte e da cultura; registro aqui as louváveis iniciativas de entidades como o Sindsep-DF que, ao longo dos últimos três anos vem realizando eventos (já oficializados em seu calendário) como a Festa Junina, o Dia da Consciência Negra, Dia da Internacional da Mulher, Festival de Música... e agora, como postado abaixo por seu Diretor de Cultura, o companheiro Carlos Henrique, o Projeto Sexta Cultural, de vento em popa, indo para sua quarta semana.

O Sindicato dos Bancários na esteira de atividades como o Cineclube Bancário, Pré Carnaval, Brasília Debate e Sexta Básica também abre as portas de seu teatro para o talento brasiliense. A entidade lança no próximo dia 5 de maio mais um projeto artístico: o Terça Arte.
Os diretores do Sindicato Sandro Oliveira e Kleytton Morais explicam que a idéia do projeto nasce da constatação, nas rodas de discussões do meio artístico, da carência de espaços na capital federal para a divulgação e realização do trabalho de muita gente de talento – seja no teatro, na música, na dança ou na fotografia -, mas que vive à margem do circuito cultural oficial. "Daí a idéia do Teatro dos Bancários - espaço nacionalmente reconhecido como ponto de boas apresentações - abrirem suas portas para protagonizar mais este importante acontecimento", destaca Sandro Oliveira.
"Em que pese o gasto lugar-comum, Brasília é um celeiro cultural. Mas nem toda essa produção é capitalizada, principalmente em função da falta de espaço para a sua publicidade. Foi pensando em viabilizar uma alternativa e abrir possibilidade de esses artistas mostrarem seu trabalho para o público que o Sindicato dos Bancários de Brasília decidiu dar voz a eles", destacou José Garcia, secretário de Cultura da entidade, que arremata: "A idéia é consolidar o projeto como referência para apreciadores tanto quanto para produtores. Vamos acolher todas as expressões artísticas."
E já foi dada a largada. A Secretaria de Cultura do Sindicato começa a receber inscrições já a partir desta segunda-feira 30 de março. Para concorrer a um espaço na agenda dos eventos, que ocorrerão a cada 15 dias, sempre às terças-feiras, os interessados deverão entregar portfólio na Secretaria de Cultura (EQS 314/315 – Asa Sul), das 12h às 18h. Todo o material será analisado por uma comissão formada por integrantes da diretoria do Sindicato identificados com o campo artístico, que definirá a pauta dos eventos, programados para acontecerem ao longo de todo o ano.
O Terça Arte será lançado oficialmente pelo Sindicato no dia 5 de maio, no Teatro dos Bancários. Mais detalhes pelo telefone 3262-9090 (Secretaria de Cultura).
Kleytton Morais
8492-5029

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Dia 3 é dia de Sexta Cultural

Pois, é galera. Nesta sexta-feira, dia 3 de abril, o SINDSEP estará realizando mais uma edição do Projeto Sexta Cultural. No "cardápio musical", Welhington Rios com muita MPB e Pop Rock. Então não se esqueça. Sexta temos um compromisso.

Local: Espaço do Servidor Esplanada dos Ministérios entre o Ministério do Planejamento bloco "C" e o Ministério da Agricultura bloco "D".
Horário: 12:30
Data: 03 de abril de 2009.